O presente trabalho trata de conciliar Ontologia, Lógica, Ciências Cognitivas, Filosofia Analítica, Teoria da Narratividade, Semiótica, Teoria da Literatura, Filologia, Crítica literária, Hermenêutica, Semântica, Antropologia, Pragmática e cultura geral, sem descurar a lógica não monotónica, a lógica cujas inferências, não gozando de uma validez dedutiva estrita, se poderão prestar facilmente a defeasibility (anulação, revogação). E trata, sobretudo, de enxertar a Filosofia da Linguagem e a Filosofia da Mente na Teoria da Literatura. Chegou o momento de colaborarem. De se misturarem. Também se debruça sobre a critica hipocondríaca que, sobretudo dos anos 60 a 80 do passado século, soprou decididamente de França e foi encontrar acolhida nos Estados Unidos. É um estudo decididamente interdisciplinar ― talvez fosse melhor dizer antidisciplinar ― que foge a qualquer tentativa de formalização fechada e não apresenta conclusões definitivas. «Não me venham com conclusões! / A única conclusão é morrer», escreveu Pessoa-Campos, cheio de razão, em Lisbon Revisited (1969: 356).
